• A primeira cirurgia auxiliada por um robô foi realizada no Canadá, há mais de trinta anos, com o “Arthrobot”, que atuava como assistente em operações ortopédicas, manipulando o corpo do paciente para que o médico alcançasse o alvo do tratamento. Tudo isso em um sistema controlado por voz.

O ramo da cirurgia robótica se desenvolveu a partir de esforços para minimizar o impacto de operações invasivas, diminuindo o risco de complicações e o período de recuperação dos pacientes. Desde seu início em 1983, a tecnologia evoluiu a ponto de ser possível realizar cirurgias complexas, como transplante de rins, sem um médico presente para guiar os robôs.

Atualmente, robôs cirúrgicos são muito utilizados em laparoscopias (operações com ajuda de câmeras), por terem ótimos mecanismos de estabilização. Com eles, elimina-se a interferência do movimento natural das mãos do médico, evitando qualquer contato indesejado com o corpo do paciente. Os braços robóticos que realizam a cirurgia são controlados remotamente, com um joystick. Essa prática é mostrada na imagem que acompanha este texto.

Além de reduzir o tremor da câmera, o corte necessário para que o robô – e não o médico – insira os equipamentos cirúrgicos é muito menor, sendo a cicatrização mais rápida. Também, o médico tem uma visão mais clara do procedimento e consegue realizar uma cirurgia mais rápida e precisa.

Infelizmente, esse tipo de cirurgia tem um custo bastante elevado, por existir apenas uma empresa autorizada a produzir e comercializar robôs para esse fim. O equipamento chega a custar 2,5 milhões de reais e deve passar por procedimentos anuais de manutenção.

No Brasil, a técnica ainda é recente, tendo sido a primeira cirurgia robótica realizada em 2008, no Hospital Sírio-Libanês. Hoje, já é possível encontrar robôs cirúrgicos em alguns hospitais do serviço público de saúde.

Bruno Manteufel Pereira